É muito instigante e salutar poder discutir sobre os caminhos e descaminhos da Internet/Web em nossa área profissional, a saber, a educação. De mesmo modo, é importante entender a influência das TICs no processo de ensino e aprendizagem.
No meu caso torna-se mais empolgante, pelo modo como as TICs entraram na minha vida, há tempos atrás.
Sou paulistano e vive até aos 7 anos no núcleo da “selva de pedras”, da paulicéia desvairada. De lá tenho algumas lembranças de infância próprias de paulistaninho que não sabia o que era a vida.
Meu pai, apesar da descendência Italiana e do “metiê” de amizades intelectuais e artísticas como Erasmo Carlos, Belchior, Caubi Peixoto (nosso vizinho), entre outros, não estava bem das pernas e de vida e trabalhava na Embrafilme como fiscal de cinemas, entre outros atividades que exercia. Isso o trouxe à Juiz de Fora junto com o “Menino da Porteira”, filme de Sérgio Reis. Aqui, encantado com a natureza, as Serras de Minas e os cinemas juizforanas, loucamente, arrendou três cinemas em Benfica, Lima Duarte e Matias Barbosa o que causou, tempos depois, sua derrota e a permanência de minha Família em Matias Barbosa. Neste período vivi uma espécie de “Cinema Paradiso” assistindo pela cabine de cinema Masaropi, faroeste, filmes japoneses, matinês, entre outros. Quebrado, meu pai virou vendedor de materiais eletrônicos e alguns aparelhos como rádios Motorola. Conheci, portanto o mundo da eletrônica o que me levou a construir um rádio alimentado pó água e sal para a feira de ciências aos 11 anos. Televisão, em função da vida muito humilde que tínhamos, só tive aos 13 anos, uma dessas de válvula, preto e branco. TV Colorida, esta só conheci mesmo aos 19 anos quando presenteei minha família com uma . Meu pai já havia virado uma espécie de filósofo-inventor, um professor Pardau, e em um canto da casa havia rádios, televisões, projetores, bobinas de filmes de 16 mm, entre outras bugigangas sem utilidade que faziam sua diversão.
Na década de 90 ( aos 19 anos) virei técnico metalúrgico e, tempos depois, a tecnologia entraria de vez em minha vida. Na Cosigua (Companhia Siderúrgica da Guanabara), no Rio de Janeiro (1991), conheci e aprendi nos primeiros protótipos (Lap Top) do que hoje conhecemos como PCs. DOS, Flow Charting e Quatro-pro eram as linguagens da época, que tive que aprender lendo e praticando e que logo depois foram superadas pelo tão aguardado Windows e suas ferramentas. Ali, conheci a primeira geração de Notbook’s, uma caixa grande, pesada, importada, com uma resolução de imagem horrível (pareciam gráficos na tela) e que era guardado pelo pessoal da Mecânica à sete chaves.
Mas eu ainda tinha um sonho tecnológico, me tornar jornalista e estar onde eu quase não tive oportunidades de estar: na tela da televisão. Virei professor (Redação - 1996) e filósofo(2000).
De la´para cá, muita coisa mudou. As tecnologias de Informação e comunicação invadiram minha vida de vez.
Fui o primeiro professor (1996) de Matias Barbosa a dar aulas com a TV Escola, a implementar a prática do retroprojetor, do periscópio, dos quadros de Caravággio e outros, de usar a fotografia, imagens, entre outros recursos na intenção de fazer com que meus alunos aprendessem a escrever bem. Era chamado de professor doidão.
Conheci a intenet/Web (2003) e, como apontam nossas discussões, a possibilidade de crescimento foi inevitável.
Diante desta ferramenta imprescindível em nosso tempo, pude ampliar minha profissão e me aprimorar intelectualmente. Aprendi a pesquisar na internet/Web e, como todo aventureiro, me perdi em caminhos distantes dos meus objetivos. Pois ainda faltava-me o bom senso, gosto estético e intuição necessários à plena navegação na internet/Web. Mas o ambiente favorável da internet/Web me possibilitou lapidar meu bom senso, me elevou a um patamar estético e me propiciou profundidade intuitiva, propiciando que eu tenha podido conhecer muito nos caminhos da tecnologia e da informação.
Hoje, tenho um bom domínio nas ferramentas do Windows e BrOffice, em navegação na Internet/Web, em Webdesign, em design gráfico, em pesquisa, em comunicação, em manutenção, em aplicação destes conhecimentos em sala de aula, entre outros setores da informática.
Estar em um curso de TIC’s, portanto, é mais um desafio a que me proponho na intenção de ir, cada vez mais, de encontro com a internet/Web e suas ferramentas, a fim de ampliar as minhas possibilidades de conhecimentos e dos que estão à minha volta. A fase do “deslumbramento, da curiosidade e do fascínio”, já passou. A fase do “domínio da tecnologia e de escolha das preferências” está presente. A fase de “enxergar os defeitos, os problemas, as dificuldades de conexão, as repetições, a demora” está por vir.
Mas uma coisa é certa nesta viagem do conhecimento: o mundo e as pessoas nunca mais serão os mesmos após conhecerem os caminhos e descaminhos da internet/Web e suas ferramentas pedagógicas. O que se precisa, neste momento, é que se mudem os paradigmas do ensino para que a internet/Web passe a fazer parte do cotidiano da educação. Por isto, “ a profissão fundamental do presente e do futuro é educar para saber compreender, sentir, comunicar-se e agir melhor, integrando a comunicação pessoal, a comunitária e a tecnológica”. É criar a escola da Paixão com muita harmonia, relação interpessoal, diálogo, reflexão e, sobretudo, que seja prenhe de tecnologias de informação que ampliem, sobremaneira, as possibilidades de saberes que os seres humanos são capazes.
No meu caso torna-se mais empolgante, pelo modo como as TICs entraram na minha vida, há tempos atrás.
Sou paulistano e vive até aos 7 anos no núcleo da “selva de pedras”, da paulicéia desvairada. De lá tenho algumas lembranças de infância próprias de paulistaninho que não sabia o que era a vida.
Meu pai, apesar da descendência Italiana e do “metiê” de amizades intelectuais e artísticas como Erasmo Carlos, Belchior, Caubi Peixoto (nosso vizinho), entre outros, não estava bem das pernas e de vida e trabalhava na Embrafilme como fiscal de cinemas, entre outros atividades que exercia. Isso o trouxe à Juiz de Fora junto com o “Menino da Porteira”, filme de Sérgio Reis. Aqui, encantado com a natureza, as Serras de Minas e os cinemas juizforanas, loucamente, arrendou três cinemas em Benfica, Lima Duarte e Matias Barbosa o que causou, tempos depois, sua derrota e a permanência de minha Família em Matias Barbosa. Neste período vivi uma espécie de “Cinema Paradiso” assistindo pela cabine de cinema Masaropi, faroeste, filmes japoneses, matinês, entre outros. Quebrado, meu pai virou vendedor de materiais eletrônicos e alguns aparelhos como rádios Motorola. Conheci, portanto o mundo da eletrônica o que me levou a construir um rádio alimentado pó água e sal para a feira de ciências aos 11 anos. Televisão, em função da vida muito humilde que tínhamos, só tive aos 13 anos, uma dessas de válvula, preto e branco. TV Colorida, esta só conheci mesmo aos 19 anos quando presenteei minha família com uma . Meu pai já havia virado uma espécie de filósofo-inventor, um professor Pardau, e em um canto da casa havia rádios, televisões, projetores, bobinas de filmes de 16 mm, entre outras bugigangas sem utilidade que faziam sua diversão.
Na década de 90 ( aos 19 anos) virei técnico metalúrgico e, tempos depois, a tecnologia entraria de vez em minha vida. Na Cosigua (Companhia Siderúrgica da Guanabara), no Rio de Janeiro (1991), conheci e aprendi nos primeiros protótipos (Lap Top) do que hoje conhecemos como PCs. DOS, Flow Charting e Quatro-pro eram as linguagens da época, que tive que aprender lendo e praticando e que logo depois foram superadas pelo tão aguardado Windows e suas ferramentas. Ali, conheci a primeira geração de Notbook’s, uma caixa grande, pesada, importada, com uma resolução de imagem horrível (pareciam gráficos na tela) e que era guardado pelo pessoal da Mecânica à sete chaves.
Mas eu ainda tinha um sonho tecnológico, me tornar jornalista e estar onde eu quase não tive oportunidades de estar: na tela da televisão. Virei professor (Redação - 1996) e filósofo(2000).
De la´para cá, muita coisa mudou. As tecnologias de Informação e comunicação invadiram minha vida de vez.
Fui o primeiro professor (1996) de Matias Barbosa a dar aulas com a TV Escola, a implementar a prática do retroprojetor, do periscópio, dos quadros de Caravággio e outros, de usar a fotografia, imagens, entre outros recursos na intenção de fazer com que meus alunos aprendessem a escrever bem. Era chamado de professor doidão.
Conheci a intenet/Web (2003) e, como apontam nossas discussões, a possibilidade de crescimento foi inevitável.
Diante desta ferramenta imprescindível em nosso tempo, pude ampliar minha profissão e me aprimorar intelectualmente. Aprendi a pesquisar na internet/Web e, como todo aventureiro, me perdi em caminhos distantes dos meus objetivos. Pois ainda faltava-me o bom senso, gosto estético e intuição necessários à plena navegação na internet/Web. Mas o ambiente favorável da internet/Web me possibilitou lapidar meu bom senso, me elevou a um patamar estético e me propiciou profundidade intuitiva, propiciando que eu tenha podido conhecer muito nos caminhos da tecnologia e da informação.
Hoje, tenho um bom domínio nas ferramentas do Windows e BrOffice, em navegação na Internet/Web, em Webdesign, em design gráfico, em pesquisa, em comunicação, em manutenção, em aplicação destes conhecimentos em sala de aula, entre outros setores da informática.
Estar em um curso de TIC’s, portanto, é mais um desafio a que me proponho na intenção de ir, cada vez mais, de encontro com a internet/Web e suas ferramentas, a fim de ampliar as minhas possibilidades de conhecimentos e dos que estão à minha volta. A fase do “deslumbramento, da curiosidade e do fascínio”, já passou. A fase do “domínio da tecnologia e de escolha das preferências” está presente. A fase de “enxergar os defeitos, os problemas, as dificuldades de conexão, as repetições, a demora” está por vir.
Mas uma coisa é certa nesta viagem do conhecimento: o mundo e as pessoas nunca mais serão os mesmos após conhecerem os caminhos e descaminhos da internet/Web e suas ferramentas pedagógicas. O que se precisa, neste momento, é que se mudem os paradigmas do ensino para que a internet/Web passe a fazer parte do cotidiano da educação. Por isto, “ a profissão fundamental do presente e do futuro é educar para saber compreender, sentir, comunicar-se e agir melhor, integrando a comunicação pessoal, a comunitária e a tecnológica”. É criar a escola da Paixão com muita harmonia, relação interpessoal, diálogo, reflexão e, sobretudo, que seja prenhe de tecnologias de informação que ampliem, sobremaneira, as possibilidades de saberes que os seres humanos são capazes.
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