Um fato que é muito evidente e que venho discutindo em minhas aulas e aqui neste blog: não basta ter uma escola equipada com os mais diversos equipamentos tecnológicos encerrados em uma determinada sala de aula; tampouco usar as tecnologias no cotidiano escolar sem explorar suas potencialidades, também não é suficiente. Pois, o que fará com que as TCIs transformem o processo de ensino e aprendizagem e, consequentemente, o espaço e tempo escolar, será o momento em que a instituição escolar, seus gestores, professores e alunos entenderem as TICs como possibilidades de crescimento epistemológico colaborativo.
É sempre muito lindo utilizar um data show para tecer uma exposição teórica, usar a televisão para apresentar um documentário ou filme, e produzir atividades ímpares nas salas de informática. Contudo, de nada adiantará estas dinâmicas pedagógicas se as mesmas não estiverem afeitas a uma postura didático-tecnológica séria, qualitativa, democrática e eficaz; se o professor não se desmitificar e sair da condição reificada em que se situa, sendo um reprodutor de ideias alheias e um conhecedor fragmentário da realidade; e se as escolas e seus gestores não entenderem que as TICs não são apenas recursos pedagógicos complemetares aos conteúdos e sim ferramentas de "gestação" e criação de conhecimentos.
Ora, como percebemos na atualidade, por mais que tivessemos conhecimentos em relação às TICs, um mundo novo e repleto de significações e significados está se descortinando aos nossos olhos. Sinal de que temos que superar nossa perspectiva arcaica e fragmentária e passar a aceitar, cada vez mais, que em meio à Sociedade de Informação, temos que nos posicionar sistemicamente: conhecermos em meio à instabilidade e o excesso do real e de informação. Como aponta Luckesi no livro "Filosofia da Educação", temos que sair da condição de professores, meros reprodutores de informações já dadas e fragmentadas e nos tornarmos educadores, homens e mulheres que se admiram e se espantam (no sentido aristotélico da palavra) diante das infinitas possibilidades de encontro com o real e, agora, de encontro com o virtual.
Afinal de contas, não é mais possível vermos a realidade, monoliticamente, com bases em apenas um consenso de verdade, fragmentário e ilusório (abstrato). Mas tão somente, afeitos às infinitas possibilidades de discursos presentes no mundo real e ou no virtual. O educador, nestes termos, será um crítico voraz e um apreciador contumaz de um novo sentido de formação: a formação da "cibercultura", como aponta Pierre Levy.
Pois é pessoal, o professor de outrora tem que dar espaço ao educador do futuro, um criador/inventor de espaços e tempos escolares colaborativos e que tem em suas mãos uma "varinha mágica", as TICs, que possibilitará a ressignificação dos seres humanos tradicionais (industriais) em seres ciberculturais.
Nesta visão, como educadores não podemos mais parar. Temos que estar abertos a uma busca frenética por aprimoramento e por novas condições de educar. Eu, por exemplo, na leitura do texto, “Ferramentas de comunicação possibilitadas pela interface web“ de Rosilãna Aparecida Dias e Lígia Silva Leite, fiquei admirado por (re)conhecer algumas coisas deste mundo virtual que não tinha ideia, por exemplo, o Google Grupos e a Webquest.
Ferramentas/web como estas serão as novas possibilidades para o aprimoramento de meus espaços colaborativos em sala de aula.
Veja mais informações sobre WebQuest no vídeo e slide abaixo:
Explorando Webquest
WebQuest - uso inteligente da Internet na educação
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