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sábado, 18 de dezembro de 2010

Feliz Natal Cibernético a todos!

Introdução à Filosofia: Pensamentos que mudaram a realidade e a história humana - Parte 5

 “Mas o que sou eu então? Uma coisa que pensa. E o que é uma coisa que pensa?”
Descartes


Sempre que nos colamos a pensar o que é a filosofia, logo nos vem à cabeça aqueles homens que viveram no passado, afastados da sociedade, ociosos e que pensavam sobre o que seria a natureza, o homem, a sociedade, as coisas ou os deuses.  Pessoas meio malucas que deixavam de viver os momentos e benefícios que a cultura e a sociedade lhes ofereciam para ficar pensando, pensando e pensando.
De fato, foi isto que aconteceu e acontece. Alguns homens deixaram e deixam até hoje de terem uma vida comum como a de todos os outros indivíduos da sociedade para fazerem questionamentos fundamentais sobre a realidade em que vivemos na tentativa de encontrar respostas àquelas perguntas que já dissemos aqui: quem sou eu?; de onde eu vim; e para onde eu vou?
 Neste momento, com o pensamento voltado para o questionamento da realidade, que a filosofia torna-se uma tentativa de buscar respostas às mais diversificadas questões: qual a ordem da natureza (phisis)?; que tipo de comportamento os homens têm consigo mesmos e em relação aos outros?; em que condições político-sociais é formada a realidade?; quais conhecimentos científicos podemos aceitar como válidos?; qual a existência e funcionalidade das coisas que existem no mundo?; entre outras.
Contudo, o que todos os filósofos, sem exceção, estiveram e estão dispostos a fazerem é pensar para que a humanidade possa se instruir e compreender um pouco da realidade em que vive. O trabalho do filósofo, consiste em criar conhecimentos para que possamos ensiná-los de geração em geração, a fim de que os seres humanos possam ver o mundo de uma nova maneira, com um novo olhar, com uma nova perspectiva. Pois o que os filósofos pretendem é propor uma determinada ordem à realidade a partir de conhecimentos que possibilitem às pessoas entenderem as regularidades na natureza, as relações sócio-políticas, as produções científicas e a criação e construção das coisas que existem no mundo.
 Educar, portanto, é questionar, criar e transmitir conhecimentos, primeiramente pensados pelos filósofos e depois disponibilizados aos futuros homens e mulheres da sociedade. Nesta condição, neste processo de formação dos seres humanos e o papel do filósofo e da filosofia são fundamentais para o crescimento e progresso da humanidade. Pois, a filosofia como análise crítico-reflexiva da realidade será a base e o fundamento de todos os conhecimentos existentes no mundo: da ciência, da arte, da religião e da própria filosofia. Pois, os filósofos, com a pretensão de buscar conhecer o princípio (arché) que fundamenta a realidade, produziram e produzem os mais diversos pensamentos e conhecimentos para a humanidade.
Por isso, que em algum momento de nossas vidas, escutaremos sempre a voz dos filósofos a dizerem sobre coisas que não imaginávamos pensar.  Quem de nós nunca ouviu frases como a: “o ser é e o não ser não é”; “ninguém entra no mesmo rio duas vezes”; “amor platônico”; “amar a Deus acima de todas as coisas”; “penso logo existo”; “ser ou não ser eis a questão”; “pensar nos limites da razão”; “Freud explica”; entre tantas outras.
Todos estes pensamentos podem parecer apenas frases sem sentido, apenas jargões populares. Mas, na realidade, são o resultado de um trabalho exaustivo e que, em muitos casos, levou uma vida inteira para serem elaborados, a partir de uma busca incessante por respostas que satisfizessem os anseios por conhecimentos desprezados pela humanidade. São pensamentos e elaborações conceituais que apontaram e continuam apontando os rumos para a história futura e o progresso da humanidade.
   O que seria de nós, simples mortais, se não fossem os pensamentos malucos dos imortais pensadores da humanidade?
Talvez estaríamos vivendo na idade da pedra lascada assistindo ao “Big Brother” da caverna lascada do vizinho, acreditando nas sombras que se projetavam nas paredes das cavernas, pensando ser o melhor cidadão da tribo por ter um couro de marca e um osso raro.
Assim, progredimos e crescemos com os pensamentos dos filósofos.
Mas será que mudamos em relação aos nossos ancestrais primitivos? Ou continuamos fazendo tudo o que eles faziam?
Apesar do progresso e do crescimento da humanidade, nós ainda acreditamos ser verdadeiro coisas que são irreais ou ficções. Acreditamos em sombras e fantasmas, nos emocionamos com as novelas na televisão, criamos mundos imaginários com a literatura, ficamos horas e horas navegando no mundo virtual da internet, vivemos os prazeres das marca e da moda, aceitamos todos os benefícios da técnica em nossa vida, entre muitas outras coisas, por acreditarmos que as conhecemos e por acharmos serem verdadeiras. Mas o filósofo Nietzsche nos questionará: “Por que sempre a verdade? A verdade existe?
Não mudamos muito em relação aos homens das cavernas, apenas aprimoramos nosso modo de acreditar e aceitar no que os outros pensaram para nós. Aceitamos as verdades e perspectivas que nos são impostas porque é mais fácil, mais aconchegante, menos doloroso pensarmos sobre elas.
Por isto, que temos que passar a ter a atitude filosófica, para que possamos correr riscos e pensarmos sobre as coisas que normalmente não pensaríamos, criarmos conhecimentos que não existiriam, agir para que a vida no mundo passe a ser agradável, fraterna, inteligente, feliz e livre de imposições e verdades absolutas.
Portanto, vamos pensar filosoficamente, para podermos ver o mundo com outros olhos, os olhos da admiração, do espanto, do questionamento para que, talvez no futuro, sejamos reconhecidos como filósofos que criaram conhecimentos e que transformaram o mundo em que viveram.      

Octavio Silvério de Souza Vieira Neto
Verão de 2009

sábado, 13 de novembro de 2010

Introdução à Filosofia: Os Filósofos e seus pensamentos malucos - Parte 4

Sempre que escutamos falar em filosofia a primeira coisa que vem à nossa cabeça é que isto é coisa de maluco: homens que ficaram a vida inteira pensando sobre coisas que ninguém sequer sonhava pensar.
Enquanto a maioria das pessoas pensa sobre coisas banais, (quem vai ganhar no “Big Brother Brasil”?; Qual o fuxico sobre a vizinha bonita?; como emagrecer em um dia?; qual o melhor celular para se “tirar uma onda”?; o que comprar sem necessidade?; entre outros) o filósofo, ao contrário, irá pensar e fazer perguntas fundamentais sobre estas mesmas coisas com a intenção de criar novas informações sobre elas e com a intenção de propor uma mudança na maneira como as enxergamos e perguntamos (qual a importância dos “Reality Show”?; o que é a beleza?; o que é ser saudável?; qual a importância da tecnologia na vida humana?; o que é a lógica de consumo?; por exemplo). 
Portanto, o filósofo intenciona, incessantemente, produzir um olhar analítico, crítico e reflexivo sobre todos os fenômenos que fazem parte do dia-a-dia em nossa vida. Ele busca conhecer mais e melhor as coisas à sua volta com a intenção de demonstrar novas possibilidades de existência daquilo que todos acham comum, corriqueiro, normal.
Com este novo olhar do filósofo é que podemos dizer que produzimos uma teoria do conhecimento. Ou seja, a cada pensamento novo dos filósofos sobre as coisas da realidade foram sendo produzidos novos conhecimentos sobre o mundo: a astronomia, a matemática, a física, a história, a geografia, a medicina, a sociologia, a política, a religião, a arte, e, finalmente, a própria filosofia.
O que os Filósofos sempre fazem é tentar encontrar uma ordem conceitual na desordem do mundo ou aplicar ao mundo uma ordem conceitual. Dizendo de outra maneira, cabe à filosofia ordenar o mundo a partir de idéias, conceitos, e hipóteses para que todos possam viver melhores, em um mundo em movimento, em transformação e que, a cada instante, nos surpreende com o surgimento de coisas novas que não sabemos o que é. Assim nascem as explicações das coisas no mundo, para tentar tornar acessíveis e ordenadas as coisas e o mundo à nossa volta.
Mas será que no mundo em que vivemos somente o filósofo é capaz de pensar e produzir teorias de conhecimento que expliquem e ordenem as coisas e o mundo? Ou nós, simples mortais, também podemos pensar e olhar de maneira diferenciada para as coisas e o mundo, buscando conhecê-los e atribuir-lhes novas explicações e conceitos?
Ora todos nós nascemos filósofos: pensamos, analisamos, questionamos, criticamos. As condições da vida e da cultura nos fazem perder o gosto pelo questionamento.
Quando uma criança se coloca a questionar o mundo à sua volta e faz questionamentos aos pais perguntado o porquê disto?; o que é aquilo?; como fazer isto?; ela está exercitando o filósofo dentro de si. Mas os pais, na maioria das vezes, “matam” o filósofo que está nascendo na criança respondendo-lhe: porque não; não sei; ou simplesmente diz à criança parar deixar de ser chata. Ou seja, se a criança estava sobre o pêlo do coelho e quando ele andava no mundo ela o admirava, se espantava e se questionava, agora, com a falta de respostas dos pais ela está enfiada e encolhida dentro do pêlo do coelho. Por mais que ele ande no mundo de nada adiantará: a criança/filósofo nada verá, nada admirará, nada a espantará e nada questionará.
Platão (428/27 – 347 a. C.) e Aristóteles (384 – 322 a. C.) deram à filosofia uma de suas melhores definições. Eles viram a filosofia como um discurso admirado e/ou espantado com o mundo.  O filósofo, portanto, é o sujeito que se espanta e se admira com o mundo à sua volta. Fazer a pergunta inocente da criança (o que é?) é estar na atitude filosófica, é pensar filosoficamente.
Assim, todos nós podemos voltar a deixar nascer o filósofo que está preso dentro de nós. Como a “lâmpada mágica de Aladim”, podemos nos polir e fazer sair de nós uma pessoa nova que olhe para o mundo e o admire, o questione e se espante com ele.
 Desta maneira, poderemos todos nós, pensarmos, analisarmos, criticarmos, refletirmos sobre as coisas e o nosso mundo a fim de criarmos novas teorias de conhecimento.
Todos os profissionais do mundo como os políticos, os empresários, os professores, os médicos, os dentistas, os advogados, os astronautas, entre outros, um dia foram e tiveram a inocência e o olhar da criança. Hoje são eles que criam os conhecimentos e as explicações sobre as coisas e sobre os fenômenos do mundo.
Portanto, as coisas e o mundo só existirão no momento em que nos admirarmos e nos espantarmos com ele. Espantemo-nos com o mundo!

Octavio Silvério de Souza Vieira Neto

Verão de 2009

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Introdução à Filosofia: Mas Qual a Utilidade da Filosofia? - Parte 3

"O destino de nosso tempo está caracterizado pela racionalização e
 intelectualização e, acima de tudo, pelo desencantamento do mundo."

Sempre que procuramos querer saber o valor e a utilidade de alguma coisa em nossa vida é normal que olhemos para esta coisa tentando nos convencermos sobre o modo como a usamos em nosso dia-a-dia.  Ou seja, se estamos olhando para um sapato logo pensamos que ele é muito importante para nós porque ajudará a manter nossos pés secos, confortáveis, sem a aspereza do contato com o chão, por exemplo. O que queremos de um sapato é que tenha uma utilidade para a nossa vida e que ele atenda às nossas necessidades. Por isto que não deixamos de comprá-lo e utilizá-lo como um dos principais assessórios de nossa vida.
Este mesmo pensamento nós teremos para quase todas as coisas que estão à nossa volta. As roupas, a televisão, o computador, o relógio, o copo, os talheres do jantar, os livros, o celular, a geladeira, o sabonete, enfim, se algo apresenta uma potencialidade a nos satisfazer em nossas necessidades, dizemos que esta coisa tem um valor para a nossa vida e é útil.
Contudo, existem outras coisas no mundo que são úteis. Porém não estão no mundo para satisfazerem nossas necessidades diretas como o sapato , o relógio, ou o sabonete.
É o caso do conhecimento. Quando um cientista descobre maneiras diferentes de fazer em laboratório cheiros diversos aos que conhecemos, não reconhecemos a utilidade destes cheiros. Mas quando o perfumista faz maravilhosos perfumes, cremes e sabonetes que estarão nas nossas casas e vidas, passamos a reconhecer nestes produtos sua utilidade e a utilidade da ciência. Da mesma forma acontece com a pasta de dentes, com as sopas instantâneas, com os sucos de saquinhos, entre outros, que são consumidos por todos em larga escala.  
Então, quando estamos estudando matemática, física, química, geografia, língua portuguesa, inglês, entre outros, conseguimos perceber a utilidade destes conhecimentos para as nossas necessidades: a matemática na hora de fazermos compras e somarmos o valor dos produtos e o dinheiro que teremos para pagá-las; a física quando formos calcular a distância de um local ao outro e o tempo que gastaremos para percorrê-lo; a química quando ocorrer reações ao jogarmos água sobre o óleo quente na hora de fazermos o arroz; a geografia quando quisermos conhecer o espaço em que estamos situados; a língua portuguesa para entendermos um ao outro e para assistirmos televisão, ler um livro, ver jornais; o inglês para entendermos algumas palavras de filmes legendados.
Mas dentre todas estas utilidades dos conhecimentos qual seria a utilidade da Filosofia? E o que é a Filosofia?
O Filósofo grego Pitágoras (Séc. VI a.C.) disse certa vez que o filósofo (Philos = amante + Sophia = sabedoria) é o amante do saber e a Filosofia é a busca amorosa pelo saber.
Quanto à utilidade da Filosofia, a coisa fica um pouco mais complicada. Pois se colocarmos cinco filósofos e fizermos esta pergunta a eles, com certeza surgirão cinco respostas diferentes do que seja a utilidade da filosofia.
Contudo, entre todas as respostas possíveis para entendermos qual a utilidade da filosofia uma ecoará em todas as palavras dos filósofos: a filosofia é útil porque faz os seres humanos pensarem, conhecerem as palavras e se libertarem dos conceitos que os oprimem, as ideologias.
Portanto, como bem disse a Professora, Filósofa e Doutora em Filosofia da USP, Marilena Chauí:
Qual será, então , a utilidade da filosofia?

Se abandonar a ingenuidade e os preconceitos do senso comum for útil;, se não se deixar guiar pela submissão às idéias dominantes e aos poderes estabelecidos for útil; se buscar compreender a significação do mundo, da cultura, da historia for útil;  se conhecer o sentido das criações humanas nas artes, nas ciências e na política for útil; se  dar a cada um de nós e à nossa sociedade os meios para serem conscientes de si e de suas ações numa pratica que deseja a liberdade e a felicidade para todos for útil, então podemos dizer que a Filosofia é o mais útil de todos os saberes de que os seres humanos são capazes(CHAUÍ, 2004, P.24).

A Filosofia, portanto, tem muita importância e é muito útil para a nossa vida, uma vez que ela possibilitará ao seres humanos a aquisição de um novo olhar diante da realidade. A Filosofia permitirá que nós percebamos a utilidade de todas as coisas à nossa volta. Pois a Filosofia nos fará ter uma visão analítco-crítico-reflexiva sobre nós mesmos, sobre as coisas e sobre o mundo a nossa volta. 
Portanto, o que temos a fazer?
Analisar, investigar e refletir sobre todas as coisas e sobre o mundo, tendo atitudes filosóficas que nos façam olhar melhor e mais profundamente a realidade à nossa volta, tendo um olhar crítico diante da realidade.


Octavio Silvério de Souza Vieira Neto
Verão de 2009

domingo, 19 de setembro de 2010

Introdução à Filosofia: O Nascimento da Filosofia na Humanidade - Parte 2


Criança geopolítica observando o nascimento do homem novo (Salvador Dalí - 1943 - 45,5 cm X 50 cm)

A filosofia nasce do espanto”
Platão


       Desde a pré-história os seres humanos conseguiram criar condições especiais para que pudessem sobreviver diante da imensidão e instabilidade do mundo que estava à sua volta.
Aprimorando sua capacidade de raciocinar sobre suas necessidades de sobrevivência os seres humanos foram capazes de criar modos de consciência que pudessem minimizar os problemas existentes em suas condições de vida.
Foram três os modos de consciência dos homens primitivos: a consciência do trabalho, que lhes possibilitou aprimorar as técnicas de construção de ferramentas, de caça, de pesca, de construção e de plantação; a consciência comunitária, que lhes permitiu fixar-se em determinados locais, viver em agrupamentos humanos, fazer a distribuição de tarefas entre os moradores da comunidade e criar a hierarquia entre os que comandavam e os que eram comandados na comunidade; e por fim, a consciência simbolizadora que os fizeram pensar sobre os fenômenos que ocorriam à sua volta, explicá-los e conceituá-los, como o fogo, a chuva, o céu, as estrelas, as relações familiares, as hierarquias, as saudades e até a morte.    
É claro que todos nós sabemos que diante da natureza o ser humano percebe certa regularidade, uma determinada ordem natural: o sol nasce todos os dias, anoitece, chove em períodos determinados, entre outros. Mas quando somos surpreendidos por fenômenos gigantescos e devastadores vindos da natureza nos sentimos inferiores e em um mundo caótico, desordenado, indeterminado.
Foi, por exemplo, o que aconteceu quando um enorme “tsunami” invadiu a costa marítima da Ásia, em 2004, ou quando o excesso de chuvas e as enchentes catastróficas (inclusive de lama) invadiram cidades do Sul do Brasil, em dezembro de 2008. Neste momento o ser humano, de qualquer época histórica, se sente incapaz, impotente e pequeno demais diante do poder e grandeza da desordem da natureza.
Mas o que acontece com o ser humano quando está diante de tragédias que mudam a sua vida?
Certamente, restam-lhe duas opções: ou se agarram aos conhecimentos da tradição (o mito e a religião) para tentar justificar e confortar suas vidas diante da tragédia ocorrida; ou arrumam outra forma de investigar o que de fato aconteceu para causar tanto desespero humano. 
Agora, diante da calamidade, é que podemos perceber que todos os modos de consciência se expandiram no decorrer da história em função da necessidade de melhorar a existência humana: o progresso se ampliou com o aumento da técnica; as sociedades se diversificaram, cresceram e viraram grandes núcleos urbanos com pessoas se ajudando o tempo inteiro; e tudo isto só foi possível porque o homem passou a pensar melhor e cada vez mais.
Mas de todas as investigações e pensamentos dos seres humanos, a consciência simbolizadora foi a que mais se ampliou e foi ela que fez nascer a filosofia e a ciência. Pois, resolvendo assumir a segunda opção, o de pensar a realidade de forma diferenciada em relação à tradição, os gregos do século VII a. C. passaram a dar respostas diferenciadas aos fenômenos que ocorriam em suas cidades fazendo nascer duas novas modalidades de conhecimento na humanidade: a filosofia e a ciência.
É claro que os primeiros filósofos, chamados pré-socráticos (por viverem antes do filósofo Sócrates) ou físicos da natureza (por quererem descobrir o princípio que rege a natureza), não deixaram de acreditar nos mitos e deuses que sustentavam sua sociedade. Mas, agora, queriam dar uma explicação racional (com base no pensamento) para os fenômenos da natureza. 
Analisando e observando a natureza os gregos (pré-socráticos ou físicos da natureza (Séc. VI a.C.) puderam dar as mais diversificadas explicações sobre o princípio que ordenava a natureza à sua volta. Tempos depois outros gregos (período antropológico/socrático Séc. IV a.C.) discutiram e argumentaram sobre o princípio que fazia com que o homem, no convívio comunitário, vivesse com justiça. E anos mais tarde novos sábios (os pós-socráticos séc. III a. C.) pensaram sobre os sentimentos, desejos e ações individuais dos homens vivendo em um mundo grandioso, cosmopolita, diverso e caótico (o mundo helênico).
Mas o fato mais importante destes períodos da história humana é que o ser humano se descobriu como um ser pensante, um ser que podia investigar todas as coisas da realidade e lhes atribuir um conceito universal (que serve para todos os lugares) que fosse o produto de sua reflexão.
A cosmogonia (descrição que explica como do caos surge o cosmo [ordem natural], a partir da geração dos deuses, identificados às forças da natureza) será substituída pela cosmologia (as explicações rompem com o mito e a religião para demonstrar que o princípio (arché) que fundamenta as coisas no mundo não se encontra na ordem e no tempo mítico e religioso, mas no princípio teórico e racional do homem, o fundamento de todas as coisas), passando a ser a base do pensamento filosófico e científico da humanidade.
Pensar o nosso mundo hoje, só é possível porque os gregos o pensaram primeiro. A antropologia (estudo do homem), a ciência (estudo dos fenômenos), a astronomia (estudo do universo), a matemática (estudo da lógica dos números e cálculos), a geometria (estudo das formas), a física (estudo dos movimentos), a biologia (estudo das espécies), a filosofia (busca do saber), os esportes, o teatro, a retórica, a política, entre outros, são todos conhecimentos que os gregos estudaram e deixaram como herança intelectual para o nosso mundo. 
Não poderemos pensar o nosso mundo sem a contribuição que os gregos deixaram para nós. Pois pensá-lo assim seria pensar o mundo sem a 9ª sinfonia de Beethoven. O pensamento dos Gregos está para o nosso mundo assim como a televisão está para as nossas casas.

Octavio Silvério de Souza Vieira Neto
Verão de 2009

sábado, 18 de setembro de 2010

Introdução à Filosofia: E Antes da Filosofia?: mito, religião e constituição da realidade - Parte 1

“Durante o primeiro período de um homem, o perigo é não correr riscos”

Sören Kierkegaard

O Ser humano é uma figura interessante!

Nasce, começa a caminhar, leva os primeiros tombos, vira criança e começa a querer coisas, situações, colo. Fica adolescente (alguns diriam aborrecente) e, neste instante, começam-se os conflitos: primeiramente com os irmãos; logo em seguido passam aos pais; não suportando somente isto entram em crise consigo mesmos; e para finalizar se revoltam com a humanidade. Este processo de transformação o leva aos mais estranhos conflitos, angustias e posicionamentos: resolve virar punk, passa a agredir tudo e todos, se envolve em galeras, usa roupas estranhas, escuta músicas diferentes, se exclui do convívio da família, bebe o que vê pela frente, entre outras coisas proibidas. O Filósofo dinamarquês Sören Kierkegaard (1813-1855) diria que os adolescentes vivem numa verdadeira embriaguês estética, onde tudo é uma espécie de vida aparente, distante das responsabilidades do mundo real.

Um dia este ser humano amadurece e, segundo Kierkegaard, pode escolher saltar para outra esfera da vida: escolher ser ético, constituir uma família, conquistar patrimônios como casas, carros, empresas, e equipamentos para o seu bem estar. Mas ele envelhece, adoece e, apesar de todas as suas conquistas, finalmente morre.

É inevitável este ciclo natural. Mas, acima de tudo, é provocador por nos fazer questionar sobre uma coisa muito importante em nossa vida: para que vivermos, nos estressarmos, nos angustiarmos, nos aborrecermos, comprarmos, ficarmos felizes, criarmos estilos de vida, entre outras coisas, se ao final morreremos? Na Filosofia perguntamos, Por que somos finitos?

Nesta breve história do ciclo evolutivo do ser humano e dos questionamentos que poderíamos fazer a seu respeito, um é muito interessante. É que ao longo da vida os homens e mulheres passam por um processo de aprimoramento (Kierkegaard diria angustiante) de seus modos de viver e de pensar sobre tudo que está à sua volta. Ou seja, o modo como pensamos e agimos é diferente em cada fase da nossa vida. Com isto os homens e mulheres, a cada instante de suas vidas, estão aprendendo para responderem seus questionamentos mais profundos; se relacionando com pessoas para entenderem o que é conviver; conhecendo as coisas e o mundo para compreenderem o porquê de tudo isto; e, fundamentalmente, vivendo para experimentarem por que é necessário conhecer e construir coisas, sofrer, ser feliz, amar, odiar, trabalhar e ao final morrer.

No decorrer de uma vida, portanto, o ser humano vive para tornar-se mais apto a pensar sobre tudo que está à sua volta: sobre ele mesmo, sobre as coisas e sobre o mundo. Mas há os momentos em que essa busca por respostas fez e faz com que os homens e as mulheres pensem sobre coisas mais profundas como: quem eu sou?; de onde eu vim?; para onde eu vou?.

Talvez seja este o ponto de revolta que observamos nos adolescentes e talvez seja a falta de respostas a estes questionamentos que os fazem viver na embriagues estética da vida aparente.

Mas o certo é que desde o início da humanidade o ser humano foi impulsionado a pensar a partir destes simples e profundos questionamentos. Sobre estas questões, os seres humanos criaram respostas fantásticas. Para responder quem somos foram criadas os mais variados conceitos e formas de existir para a vida humana e para a natureza: ser ordenado e desordenado, triste e feliz; feio e bonito; tranqüilo e estressado; ineficiente e eficiente; bom e ruim; e hoje, na moda, “antenado”, cibernético, noveleiro, politiqueiro, “filé”, entre outros. Para responder sobre a origem do ser humano, das coisas e do mundo foram criadas as mais variadas histórias que justificariam as suas existências: os mitos de origem do homem (Mito de Adão e Eva), da noite e dos males do mundo (Mito de Pandora), do fogo (Mito de Prometeu), entre outros. E, finalmente, tentando responder para onde vamos foram criados os mais variados seres e mundos que pudessem amenizar o sofrimento da vida e da inevitável finalidade do homem, a morte: surge, portanto, a religião, os diversos deuses e santos e a vida após a morte no paraíso.

Assim, os primeiros seres humanos puderam produzir uma infinidade de respostas aos seus questionamentos criando a cosmogonia (termo que abrange as diversas lendas e teorias sobre as origens do universo de acordo com as religiões, mitologias e ciências através da história); os mitos (que são uma narrativa tradicional com caráter explicativo e/ou simbólico, profundamente relacionado com uma dada cultura e/ou religião a fim de procurar explicar os principais acontecimentos da vida, os fenômenos naturais, as origens do mundo e do homem por meio de deuses, semideuses e heróis, criaturas sobrenaturais como uma primeira tentativa de explicar a realidade); e a religião (definida como um conjunto de crenças relacionadas com aquilo que parte da humanidade considera como sobrenatural, divino, sagrado e transcendental, bem como o conjunto de rituais e códigos morais que derivam dessas crenças).

Mas será que estas explicações satisfizeram as dúvidas e curiosidades da humanidade? Ou o homem ainda procuraria novas maneiras de investigar sobre as coisas que aconteciam à sua volta?

Não satisfeitos com as explicações de seus antepassados sobre as coisas e fenômenos existentes no mundo, os homens proporiam uma nova maneira de entenderem a realidade. Surge, então, a Filosofia, análise-crítico-reflexiva da realidade, e a Ciência, comprovação dos fenômenos da realidade, como novas formas de explicar os fenômenos do mundo.

Octavio Silvério de Souza Vieira Neto

Verão de 2009

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Rindo um Pouco da Existência

A vida acadêmica é mesmo uma loucura!
Mas não podemos perder a ternura da vida!

Bolsista de iniciação.


Escuta as músicas que estão na moda. São os primeiro passos na vida científica. A vida é maravilhosa. Tudo é uma festa. Até a mísera bolsa de IC é uma fortuna.


Bolsista de Mestrado




Escuta música POP. Se está completamente empolgado com o que se faz, e quer ser o melhor na sua área.


Bolsista de Doutorado






Escuta Heavy Metal. O dia começa às 8 da manhã e só acaba às 10 da noite. Nada dá certo e ainda tem que lidar com resumos para congressos, relatórios, disciplinas, paper para escrever, orientar os ICs, e resolver os problemas do orientador etc, etc.

Bolsista de Pós-Doutorado




Escuta MPB. Aumento de peso por causa do estresse. Percebeu que não pode salvar o mundo, mas isso não lhe importa, porque ainda assim te continuam pagando uma bolsa. E os papers? Se sair algum, beleza, se não, tudo bem, sempre se tem oportunidade para encaixar algum review.


Professor Doutor




Escuta jazz e música clássica . O senso de humor mudou totalmente daqueles dias de iniciação. O dores de cabeça são mais frequentes e começa a esquecer as coisas que foram faladas. Se vive a base da cafeína. O melhor é que ninguém pode te criticar.


Professor Titular




Escuta vozes em sua cabeça. Esquece dos horários das reuniões, dos dias da semana, do trabalho de seus alunos...

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Livro Didático: vilão ou mocinho?

“O livro didático [...] tem sido apontado como o grande vilão do ensino no Brasil. Diante dos grandes problemas educacionais, dos Parâmetros Curriculares Nacionais e do baixo desempenho dos alunos em testes padronizados, muitos educadores apontam o livro didático como o grande obstáculo a impedir mudanças significativas nas salas de aula. Alguns chegam a afirmar que ele deve ser simplesmente retirado do alcance do professor para que as mudanças possam de fato ocorrer” (BIZZO, 1999).


Não podemos entender a afirmação de Nelio Bizzo sem a contextualizá-la com outras informações discursssivas sobre o assunto. Em pesquisa na rede sobre o tema encontrei um artigo de Bizzo que pode minimizar minha suspeita, uma vez que sua afirmação vai de encontro com aspectos pedagógicos que tem que ser relevantes na ressignificação e reinvenção da escola na sociedade de informação.
Em artigo intitulado "A autonomia da escola" (<http://www.midiamix.com.br/eb/exe/texto.asp?id=451>) Bizzo nos esclarece que “A LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional) trouxe um cenário surpreendente, uma mudança de paradigma na educação básica que transforma a escola de centro de transmissão de informação em laboratório de aprendizagem”.
Se compreendermos esta sua afirmação, poderemos perceber que o livro didático provoca sim um entrave na produção de conhecimentos, quando pautado na criatividade e experienciação de conhecimentos.
Não estamos aqui apontando que devemos queimar os livros didáticos em praças públicas. Mas, tão somente, devemos compreendê-lo como ferramenta de em um processo de ensino e aprendizagem, o que não tem acontecido no cotidiano da escola.
Um bom exemplo disto é o planejamento pedagógico das escolas, no início do ano letivo. A maioria (não generalizando) dos professores elegem um livro didático e fazem seu palnejamento anual, apressadamente, sem nehum critério crítico e reflexivo, para tomar o café gostoso do intervalo e ir embora para casa curtir o último dia das férias. No decorrer do ano letivo os capítulos do livro elegido sofrem uma exegese não pedagógica que tornam as aulas enfadonhas e desconectadas da realidade sócio-histórica-cultural do educando, o que torna o processo de ensino e aprendizagem ineficaz.
É por isto que tem gente ensinando, até hoje, que Pedro Alvares Cabral descobriu o Brasil ou que o Grito do Ipiranga aconteceu naquela aura militar que a iconografia de Pedro Américo demonstrou. Absurdos do anti-pedagogismo e do anti-intelectualismo do professor atual. Mas existem coisas mais bizarras, conheci uma professora que mandava ( o verbo aqui é significativo para um modelo tradicional de educação) os alunos copiarem as páginas do livro enquanto ela fumava o cigarrinho na cozinha e outra que dizia que sem o livro didático ela não seria nada.
Eu sempre tive sorte! Artes e Filosofia, como são considerados conhecimentos menores, sem utilidade e, em casos extremos, coisa de maluco,  por "intelectuais de livro didático", nunca tive livro didático. Sempre planejei com base em livros acadêmicos, conhecimentos não pedagógicos (fotografias, filmes, livros, internet, jornais, novelas, entre outros) e muita vontade de criar e invoar. Tenho quase todas as edições de livros didáticos em minha estante, mas sou criterioso e até arredio a usá-los como se fossem uma "bíblia sagrada", como bem aponta Luckesi (1994). Portanto, minha relação com o livro didático é estabelecida até o ponto em que ele tente coibir minha liberdade e expansão intelectual.
Um fator é importantíssimo na relação livro didático/educador/educando: Temos que saber usá-lo a nosso favor e não contra nós. O livro didático é uma ferramenta de trabalho e não a única. É contraditório, incompleto, atemporal, um manual de conhecimentos encadeados e manipulado. Temos que aprender a dialogar com o livro didático, explorar suas nuances, a fim de complemetá-las com toda sorte de conhecimentos a que o educador é capaz. Os livros didáticos mais atualizados são muito interessantes. Mas mesmo assim, são apenas uma das infindáveis possibilidades de interpretação da realidade e do conhecimento humano.
Talvez, Bizzo tenha razão neste sentido: será que o livro didático não estará perpetuando uma realidade escolar anti-reflexiva e anti-pedagógica? Será que o livro didático está impedindo que  novas leituras de mundo e de cultura sejam feitas na escola? Será que o livro didático está criando uma espécie de "niilismo pedagógico" em nosso tempo?
 Estas são algumas questões para pensarmos. Pois, caso contrário, estaremos fazendo da escola o oposto daquilo que preconiza suas diretrizes e a deixando de fazermos a única coisa que nos torna seres humanos: a capacidade de ressignificar, reinventar e criar novas realidades e novos mundos.


Nélio Bizzo é biólogo, com pós-graduação na área de biologia e educação. Estagiou na Inglaterra, estudou os manuscritos de Charles Darwin no Manuscripsts Room, da University of Cambridge Library, em Down House (Charles Darwin’s Memorial) e na British Library. É professor titular da USP e Fellow do Institute of Biology (Londres).

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Em Busca de Ambientes de Aprendizagens

Rubem Alves, em "Pinóquio às Avessas: uma estória sobre crianças e escolas para pais e professores", nos faz ficar enebriados com a história de Felipe que ouvindo as estporias de seu pai pode construir um mundo maravilhoso de sonhos e dos questionamentos que o levariam a fazer infinitas indagações filosóficas daquelas que os seres humanos são capazes: "Porque as coisas são como são? Como são feitas? Como funcionam? Para que servem? Por que o céu é azul e não amarelo? Onde está Deus?" E vai mais adiante: "Quem inventou as palavras? Por que é que canteiro se chama canteiro? Deveria se chamar 'planteiro'!"
Destas indagações, sua pequena e frágil mente se inflamou em outros questionamentos sem fim. Como Jostein Gaarden aponta em "O Mundo de Sofia", Felipe estava, neste momento, sobre o pelo do coelho a admirar-se e espantar-se com o mundo à sua volta, com o "admirável mundo novo" que se abriu ao seu redor com o encanto da história de pinóquio.
Mas como os sonhos e conhecimentos tem um limite, como já dizia Kant, alguns questionamentos de Felipe não poderiam ser respondidos pelo pai, que como o filho, desconhecia a ordem e a desordem do universo, as certezas e as incertezas da vida, o estável e instável da realidade. E dirá ao seu filho: Quando for à escola poderá ter as perguntas respondidas.
Mas que decepção! Sonhando com os pássaros e em ser seu "guardador", Felipe foi à escola e ao ter a primeira de perguntar sobre o lindo passarinho azul que estava na frondosa árvore fora da sala de aula recebeu a resposta da professora: "agora é hora de dígrafo e não de passarinho azul".
Ora, o que Rubem Alves já havia nos mostrado nesta fantástica obra literária é que a escola carece de ambientes de aprendizagens que possibiltem que as crinaças se espantem com a realidade, no sentido filósfico da palavra.
Neste sentido, o que temos aprendido em nosso curso do TICEF é que, mais do que ter as ferramentas colaborativas na escola, como as propiciados pelas TICs que nos oferecem possibilidades infinitas para a construção de conhecimentos, temos que ter ambientes de aprendizagens que sejam favoráveis à potencialização dos conhecimentos e culturas infantis, a fim de que os sonhos e questionamentos dos "Felipes", não sejam nassacrados por "mestres ignorantes", como aponta Jacques Ranciére, que entendem que produzir conhecimentos é apenas um processo de "depósito bancário" de conteúdos nas mentes infantis.
Para tanto, o primeiro passo é a ressignificação dos professores em educadores, pessoas capazes de admiração, espanto, sonho, vida e, sobretudo, de um espírito poiético que a faça entender que mesmo com garrafas, plantas, folhas, madeiras, revistas, jornais e, até, sofisticados softwares, o que produz os conhecimentos são os ambientes de aprendizagem,: espaços e tempos em que, como aponta Rubem Alves, o Felipe deita e sonha com uma escola em que "os professores eram pássaros que ensinavam a voar".
Ora, o segundo passo, fica óbvio: reinventar o espaço e tempo escolar, tornando-o ambiente de aprendizagen colaborativo afeito a toda possibilidade tecnológica que a Sociedade de Informação pode oferecer.
Desta maneira, os "Felipes" poderão sonhar sonhos verdadeiros e voar como os passarinhos. Toquinho e Vinícius bem sabiam disto.



 
Vejam aquarela de Toquinho

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Profissões em alta: Profissional de TI

A área de Tecnologia da Informação (TI), como o próprio nome sugere, alia a informática e a comunicação à tecnologia. Configurando como um dos setores mais promissores do mercado de trabalho, o profissional de TI precisa estar em contínua atualização, ter bom raciocínio lógico, gostar de novidades e, acima de tudo, de informática.
Para atuar na área, o candidato deve ter formação em um dos seguintes cursos: Engenharia de Computação, Ciência da Computação, Sistemas de Informação, Informática, Processamento de Dados, Tecnologia em Análise de Sistemas, Tecnologia em Banco de Dados, Tecnologia em Desenvolvimento de Sistemas, Tecnologia em Desenvolvimento Web, entre outros.
Assim, um candidato à vaga na área de Tecnologia da Informação pode optar por dois caminhos: um mais curto, formando-se em um curso de perfil tecnológico, com duração média de dois anos; ou um mais longo, com duração mínima de quatro anos, quando a opção for um dos cursos de bacharelado. Aquele que escolher por uma formação técnica terá a vantagem de entrar mais rápido no mercado de trabalho. Embora o bacharelado garanta uma formação mais consistente e a possibilidade de melhores salários, o curso corre o risco de ser teórico demais em uma área em que tudo muda de forma muito rápida. Independente da escolha seguida, o profissional deve se preocupar sempre em se reciclar e adquirir novos conhecimentos e habilidades.


Principais cargos e profissões da área


Atualmente, com a expansão do uso da internet e de suas ferramentas, poucas empresas brasileiras de médio e grande porte sobrevivem sem um setor específico de Tecnologia da Informação. O resultado de uma pesquisa realizada pelo grupo norte-americano de consultoria, o International Data Corporation (IDC), comprova este cenário: 23% das empresas brasileiras entrevistadas já estão com orçamentos aprovados para investir em TI em 2011. A porcentagem pode parecer inexpressiva, mas com este resultado, o Brasil passa a ser o nono país que mais investe no setor no mundo.
De acordo com estudos realizados pela Associação para Promoção da Excelência em Software Brasileiro (SOFTEX), atualmente, o Brasil necessita de 71 mil de profissionais de TI para atender a grande demanda do setor. Em 2013, este número pode chegar a 200 mil. A alta procura eleva o salário, que no início da carreira gira entre três a dez salários mínimos.
O mercado para este setor está tão aquecido, que a questão para um profissional de TI não é se preocupar se haverá emprego e, sim, qual caminho ele irá seguir, já que a gama de possibilidades de atuação é muito grande.

Fonte: http://www.euprofissional.com.br/2010/08/09/2-profissoes-em-alta-profissional-de-ti/

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Textos de Filosofia da Educação II e Relações Interpessoais na Educação

Olá Educandos do ISECC e do ISEMB, seguem abaixo os link para que possam fazer o download (baixar) os textos do curso de Filosofia da Educação II e Relações interpessoais na Educação, do 2º semestre de 2010.

Intruções para o Download dos textos

Clque nos links abaixo que irão lhe direcionar para o site Mandamais. Aguarde a contagem regressiva que aparecerá e clique em baixar arquivo. Em seguida abrirá uma nova janela Windows. Salve o documento em seu computador.
Para abrir os documentos (que estarão em arquivos compactados ".rar") você preisará ter no computador um programa de descompactar arquivos (Winrar, por exemplo). Ao descompactar aparecerão todos os textos do curso.






Veja o vídeo abaixo para aprender a compactar e descompactar um arquivo WinRar